A luz - experimentando.

Então.

Como hoje eu não vou poder aparecer em sala de aula, vou deixar aqui registrada minha participação remota.

Seguinte: aula passada, comentei com Leo que estava meio perdida nas idéias para as experiências.
Meu desafio inclui muito de eletricidade básica, coisa que nunca nem aprendi no colégio direito.

Hoje, no entanto, cheguei a uma idéia concreta e queria compartilhá-la com vocês, pessoas sabidas, pra que a gente troque conhecimentos e todo mundo fique contente e satisfeito.


Meus dois desafios - acho necessário lembrar, caso alguém tenha esquecido-, são:

1) Fazer um circuito elétrico usando o gesso como chave inteligente (um interruptor);

2) Fazer com que esse circuito gere energia suficiente pra acender lâmpadas pequenas, como LEDs ou luzes de natal. Essas lâmpadas, inseridas em pedaços de gesso, confeririam ao gesso um caráter de translucidez.

O teste com as luzes e o gesso já foi feito em sala de aula. (Funciona, yay!)

O teste com o circuito, porém, foi concebido hoje.

O sistema que eu montei foi bem experimental e simples.

Um corpo de lanterna pra servir como berço pra uma pilha grande de 1,5v, interligado através de dois fios (ligados aos pólos da pilha) a um bloco de gesso, e, fechando o circuito, os fios ligando o bloco de gesso à lâmpada da lanterna.

Ficou assim:

O circuito

Detalhe do interior da lanterna. O topo da pilha e o metal lateral são os dois pólos.

A razão de eu usar o corpo da lanterna foi estético e logístico (assim tem como encaixar bem no suporte de isopor).

O isopor foi uma boa escolha pra base, porque é leve (portanto, portável), isolante (eu sei que é só 1,5v, mas quem sabe?) e facilmente moldável.

O primeiro teste foi, claro, testar se a pilha e a lâmpada estavam funcionando. Interliguei os dois com fio e fita isolante, e tudo estava OK:

Teste da pilha e da lâmpada

Para o interruptor de gesso, usei dois bornes de uma tomada que não estava sendo usada, um de cada lado do bloco de gesso.

Um interruptor funciona sendo a pedra no caminho da energia elétrica. Então, dividi um dos dois fios que saem da pilha e conectei cada ponta a cada um dos bornes. O outro fio que sai da pilha não foi dividido, passou direto até a lâmpada.

Assim:

Detalhe do borne lateral inserido no bloco de gesso, e o fio conectado a eles.

Detalhe do fio interrompido pelo bloco, e outro que segue, saindo da pilha.

Uma vez conectadas todas as peças, chegou a hora de testar o interruptor.

Para isso, usei água de torneira comum, e tinha uma carta na manga: sal de cozinha.

Note que eu cavei saliências e reentrâncias na superfície do bloco de gesso, pra aumentar a capacidade de absorção.

Textura para otimizar a absorção.

Ao primeiro teste, com água pura, o circuito não se fechou.

Adicionei sal. Também não tive resultados.

Tentei de novo fazer a ligação direta com os fios para checar se a lâmpada ainda estava ok, e sim, estava funcionando mil maravilhas!

Meu saldo de hoje é: muito farelinho de isopor pelo chão, mil pedaços de fita isolante grudados na borda da mesa e um interruptor só consegue mesmo interromper.

Mas fiquei satisfeita. Agora, é estudar meios de fazer o gesso absorver mais água.

O próximo passo será uma barra de gesso feita já com sal adicionado.

Pronto, gente. É aí que eu estou com as pesquisas.

Se vocês tiverem alguma coisa a acrescentar, idéias novas são sempre bem-vindas!